domingo, 23 de fevereiro de 2014

Andanças

Trago agarrada a minha retina, algumas imagens que criei e elas não me saem dos olhos! Basta que eu os feche e lá estão. Fragmentos de tantas coisas, num lirismo perfeito de cada linha do riso, ou na doçura inequívoca de olhos grávidos de estrelas, e aquela tênue luz de um abajur confidente e tão silencioso quanto aquele instante quando te fito a alma. Trago na mente impregnados aromas e deliciosas faíscas que espocam de lembranças tantas, em ecos e repetições da memória que chegam a aflorar em minha pele, como uma passeata de pelos que levantam-se para reverenciar tua presença, como um sonho. Trago no peito uma esmeralda lapidada pelas horas em que meus sonhos tornam-se realidade, momentos estes, em que entre ondas cortando os céus, ouço o rufar da antiga eternidade, cuja tez guarda tanta verdade, envolta numa charmosa nostalgia e gotas do nosso perfume que enfurecido, eclode no ar. Laços e lençóis, como sinfonias amigas, de um Voyeurismo de sensações e sentimentos que navegam calmos pelos instantes, transformando-os em horas, tão magicamente...
e que nas manhãs sempre retorna a mente, como um sabor doce duma saudade quente.

Márcia Poesia de Sá - 2014.

2 comentários:

  1. Passando, lendo, relendo e me deliciando com as ondas de sua alma transparente e lírica. Com gosto. Parabéns pelo espaço poético, Poesia. Beijo, Mar.

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  2. Obrigada minha poeta linda, feliz em ter você aqui!

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