quarta-feira, 16 de junho de 2010

Muitas vezes sinto um mar dentro de mim, e quando digo isto não estou sendo apenas poética ou usando metáforas, de fato o sinto! tenho maremotos, calmarias, dias revoltos...cresci de frente ao mar, e como se isso a não bastasse para que me identificasse com ele, ainda o tenho no nome, na alma...e em cada poro salgado de minh'alma. Que bom que algumas vezes este mar escreve por mim...

Hoje sinto minha alma-mar se fazer presente de forma inegável, ha ondas se formando em meu horizonte, posso sentir...

Ha um sal, abissal dentro de mim...
Ha um quê de fado, que toca ao longe,...

oh! como dói ser mar nesses instantes...
queria ser primavera...me chamar apenas Rosa ou Violeta...

Este nome de Mar, me arrasta as encostas às vezes e quebro como onda sobre rochedos de mim...isso dói.

Sinto um azul.

Um azul profundo que me faz quebrar todas a s bússolas da razão, já não tenho leme, nem direção...sou como água em ebulição...
uma tissuname de sentir me invade. Ah! quero gritar!

Preciso de minhas manhãs de calmaria...onde será que estão? no Japão?

Aqui só chuva forte, céu cinzendo, e um vento gélido que me toma...

Vejo-me caminhar na beira da praia de mim, com uma saia de voal brança que dança meus sentimentos e sensações como um triste baile de solidão.

Porque me negas o sorriso céu? porque te acinzentas para mim?
Preciso tanto te deixar ver o sol! que se mostra a ti à anos e tu não vês...

te abraças ao teu invernal momento eterno...

Sou mar, tu céu...jamais nos encontraremos?

Márcia Poesia de Sá

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