quarta-feira, 7 de julho de 2010

Amo tudo

Amo o que tenho
O que rego e cuido
O que limpo e não descuido
Amo o amor e a emoção
Amo o que já vi passar por mim
Deixou aroma de mar
Olhos de razão
Amo o que já tive e não tenho
O que amei e desamei
Se é que é possível desamar
O verbo amor não tem passado
Isso foi erro de um dicionário
Que nunca soube o que é amar
Amo a pele e a semente
A florada e revoada
Amo o verbo e a cor
Amo mais que tudo a dor
A dor que nos impulsiona
A dor que dói e inflama
Fazendo-nos versejar
Amo a poesia e a vida
Não viveria sem ela
Oxigena-me e exaspera
Cansa-me, me suga, me mata
Mas depois também me acalenta
Abraça-me, me aquece, me enlouquece
Apenas pelo fato de a ela, tanto amar
Amo o cheiro de tinta, o spray de verniz
Amo meu nariz, boca e olhos de luar
Amo tua boca perfeita
Que beija estrelas de dia
E a noite canta para o mar
Amo e amo-o tanto
Que me perco...
E perdida, não encontro o desfecho deste poema do amor
Pois para mim, o amor é infinito
Passaria outra vida e tantos ritos
Apenas declamando assim...
Amo
Amo
Amo
Não nego não peco
Não minto
Amo como um labirinto
Eterno, etéreo
Faminto.

Márcia Poesia de Sá

Nenhum comentário:

Postar um comentário