sábado, 7 de agosto de 2010

Meu pai me ensinou,

Ele em sua sabedoria dos anos (sou a caçula e quando nasci ele já tinha mais de 45) que a pressa em se tratando de amor é impossível. Ensinou-me que meia hora de olhos nos olhos é bem melhor que um dia atarefado, me ensinou que a verdade é sentida num olhar, e que ele nem sempre estava certo, mas tentava com todo o coração...
Ensinou-me que no céu moram estrelas, contava-me todas as histórias e constelações... Adorava ver os desenhos feitos nas nuvens, fiz isso com meus filhos quando chegaram...
Mostrou-me os reinos encantados que existem no fundo do mar, ah! E como ele adorava fazer isto! Ensinou-me a ser doce... Encantou meu pensamento, fez de mim o que sou hoje.
Plantou com tanta certeza que floresceria a “fantasia em minha mente.”
Ensinou-me a sentir, a ver... A transcrever o que sentia...
Cada pequena lição, cada pequena memória hoje tem o gosto mais gostoso do mundo, o gosto daquele abraço, um abraço morno de urso que me fazia pensar que o mundo poderia acabar naquele instante, e que eu estava no único lugar onde eu desejaria estar.
E desde que ele foi morar naquela constelação que ele adorava, sim, ele está lá.
Sinto-o mais dentro de mim do que nunca. Com a grande certeza de que ele está aqui em casa também, nos olhos e sorriso de meu filho mais velho. São idênticos, quantas vezes não me pego comovida olhando para um e vendo o outro. A vida é sábia, e os verdadeiros amores são mais que eternos!

Feliz dia dos pais... Eternos amores dos filhos!

Márcia Poesia de Sá

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