segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Ontem estava assistindo a um filme um tanto antigo, mas que gosto muitíssimo ...
A Love song for Bobby Long ( Uma canção de amor para Bobby Long)...após assisti-lo e digasse de passagem, já não foi a primeira vez, recoloquei o filme apenas para me inspirar, tem umas canções lindas, além de algumas citações bastante interessantes.

E enquanto apenas escutava, me vi absorta a escrever...
(Uma das coisas que certamente mais gosto de fazer, deixar a imaginação voar livre, sem qualquer rédea ou limite)

Nasceram algumas frases, alguns escritos...

Pensei em retomar um livro que comecei a escrever a algum tempo, e ao som das melodias do filme pensei que poderia modificar o inicio dele.


Idéias novas para Camilla – A história

A porta entreaberta deixava passar uma brisa fresca que n’algumas horas do dia trazia consigo um perfume raro de sândalo. Ninguem na realidade sabia de onde vinha aquele cheiro.
Junto ao vento, uma morna lembrança fazia balançar as finas e brancas cortinas, e ela podia escutar perfeitamente, os sorrisos de crianças de outrora...
Um som baixo de violão, tocado com o coração, saia dançando da janela da casa à frente, e a voz rouca e morna de um homem cantava lindamente sua mais absoluta solidão e saudade.
Os dias naquela rua eram mais lentos que em qualquer lugar do mundo. E havia sim certamente, uma magia toda especial em cada fragmento daquele lugar. Era como se uma bela história estivesse sempre sendo escrita. A cada dia, a cada hora, a cada instante... Ininterruptamente.
Talvez morasse naquela rua um escritor invisível... Que teclava sem parar ao som da fumaça de seu cigarro que bailava entre as letras.
Subitamente, uma voz quebra aquela imagem absolutamente bucólica...
- ela chegou! Ela chegou!
E juntamente ao perfume de sândalo, adentra na casa agora um cheirinho de lavanda.
E um som de toc toc apressado corria pelo piso de madeira e se misturava as notas daquele violão.
Até que um som de trinco acido como toque nos pratos de uma bateria da o tom do abraço.
Continua...

Márcia Poesia de Sá – 16.08.2010

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