sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011


Brunel College

Memórias do Brunel

É não adianta tentar
Eles não saem de mim
São anos eternos
Tão doces que até dá medo
Não saem de mim
Os perfumes que usava
Nem o frio da janela
Nem o calor dos pubs
Nem as ondas de sorrisos e linhas desentendidas
As várias línguas nem sempre compreendidas por si só
Eram malabarismos de jovens
Mímicas das almas que precisavam se comunicar...
Não sai de mim, teus horários
Os big bens do passado
Os castelos e lembranças
Não sai de mim a juventude
Nem os abraços de adeus...
Nem os pulos de alegria dos retornos
O cheiro das bibliotecas
As canetas nas janelas
Os textos...os textos...
Não sai de mim o teu sol frio!
Nem a lâmina de gelo recém derretida
Que sempre me fazia escorregar
Os cachecóis da ternura
As camadas de lã como armadura
Que tantas vezes ainda sinto carregar...
Não saem de mim jamais!!!
Os teus cheiros e gostos
O palavreado calmo e bem posto
A alma que vive em mim
E que só reconheci
Ao chegar lá...
Vivo hoje no sol dos trópicos
E minha alma ambígua
Ainda comenta do tempo...

Márcia Poesia de Sá

Nenhum comentário:

Postar um comentário