terça-feira, 28 de junho de 2011


Matur(ando)

É, o tempo, a vida, a maturidade
Tem em si todas as fendas, e todas as curas
Um ver que observa além das ranhuras
Além de pungentes assaltos egoístas
Da carência bêbada de carência

Há nas verdades acomodadas
tantas coisas que fazem sentido
Alguns perdões suaves e sem qualquer orgulho
As certezas que se sentam como moças pacatas
Em seus acentos de seda.
Cruzando levemente as pernas dos argumentos
Acomodando bem todas as antigas duvidas, hoje mortas

Por trás do ódio, da raiva da magoa
Há uma legião de medos...
Homens são crianças no íntimo

Mas a criança madura
Aprende a abraçar e a esboçar o sorriso infantil
Com uma bagagem leve e certeira de generosidade

Nós, as crescidas crianças desta vida
Aprendemos com as subidas e descidas
A grande lição que é amar.

Márcia Poesia de Sá – 28.06.2011

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