quarta-feira, 26 de março de 2014

Raiz da estrela

Pronuncio teu nome baixinho
entre a boca do noite e o cílio da madrugada
ouço os suspiros que vão em revoada
Cortando um céu que mais parece espinho

Tateio levemente meu emaranhado coração
entra a boca da noite e o cílio da manhã
acometida estou de uma febre tersã
que dança por entre as horas que vem e vão

E meus olhos te veem tanto
que largo no vento uma lágrima
que em nada é como lástima
mas só um alazão de saudade que corre por todo canto...

E de repente, meu corpo ilumina!
sabendo que amar-te-á para todo um sempre
gestando e acalentando este amor em meu ventre
Como se eu fora uma estrela tua, enraizada numa colina.

Márcia Poesia de Sá

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