quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

... E por entre farelos permitidos, farejam os cegos seres por entre as latrinas de suas certezas inócuas. Adentrando as horas, confabulando hipóteses inertes. E quem por tanto devaneio, rastreou as luzes do cometa que passou, se esgueirando por pontas afiadas de estrelas cadentes, tão decadentes, guarda na profundidade dos olhos, na parte mais escura da noite, uma luz carcomida e uns risos de Monalisa. Não há vassouras suficientes neste mundo para varrer todo o pó desta insensatez. E o mundo segue como sempre! como se nada tivesse ocorrido, como se o céu não estivesse partido, como se o mar não chorasse copiosamente a cada raio de sol. ...E por entre farelos adocicados de medos enjoadamente açucarados, distribuem-se então, pingos negros qual formigas famintas, a lambuzarem-se de caos.
Márcia Poesia de Sá. - dez 2014

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