quinta-feira, 23 de setembro de 2010


Hoje eu não estava inspirada, mas lembrei de uma coisa que me acontecia quando eu era menina...adorava sentar embaixo duma arvore na chacara de meu pai e escrever...escrever...
Passava horas lá, em um mundo que sempre me encantou...

Esta memória minha fez nascer isso ai...Não falo de mim, só da sensação que tive hoje...

Aquele passeio

Ela cantarolava na beira da mata, linda leve e quase alada, umas doces notas da infância...
Ela raiava toda a esperança e riscava as plantas com traços doirados
Ela já não mais sabia dançar.
Mas batia as asas do destino e descortinava assim sorrindo
Todo o brilho novo de um arrebol...
Ela era encantada e nem sabia, que naquela madrugada fria, ela aquecera um sol
Caminhava lépida e faceira e em seus passos algo de melodia ecoava manso sobre o ar...
E em condensações assim magias, se desprenderiam noite e dia como chuva doce a cantar
Era só o sol dizer bom dia que ela desperatava a fantasia de um dia, ser capaz de voar
E voava lindo em cada texto, já não mais sentia os arabescos que a prendiam em tela tão fugaz
Doava sua alma as entrelinhas, era lida e copiada na surdina., por almas que observavam seu vagar...
Mas ela mesmo assim sorria, pois se toda aquela sua magia pudesse um dia o mundo revolucionar...
Estaria a menina satisfeita, e escreveria outra vez naquela estrela...poesia eu sempre vou te amar.

Márcia Poesia de sá

Nenhum comentário:

Postar um comentário