domingo, 17 de outubro de 2010


Medo

Ai! Este meu medo, famigerado medo
Quer me enlouquecer...

Este medo que me consome
Que me tapa os olhos, que me faz morrer

Medo sem verdade, medo sem qualidade, medo de viver!
Medo de ter medo, medo de cegar, medo de ceder...

Medo do espelho, medo do desespero, medo de sofrer

Medo assim do riso, desse improviso
Que é saber viver...

Medo faz marola
Tinge de negro a água
Faz-me escurescer

Medo, mata agora!
Aperta as veias e chora
Vou voar...

Vais ver!

Márcia de Sá...porque a poesia fugiu...de medo...

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