domingo, 17 de julho de 2011


Quanto mar

Até onde voltam as ondas
E de onde zarpam?
Ardem na goela as vírgulas
E por que me partem?

Partem as balsas sem vida
Mar à dentro, partem
Navegando ondas altas
Maresias aflitas guardam

Até onde segue meus olhos
Adentrando cavernas marinhas?
Rochas e tubarões
Gaivotas e horizontais linhas

Há sal em minha retina
refletindo verdes
Há verdes em meus pulmões
expelindo fumaça

Há uma asa que tremula
Mais parece vela...

De onde vem este mar
Que me atropela?

Permitindo que à deriva vire rota certa
Transformando-me em branco
e salgado lodo!

Márcia Poesia de Sá – 15.07.2011

2 comentários:

  1. Amo este poema Fadinha...lindo,lírico repleto de belas imagens, evocações...Beijos de Fã.

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  2. eu que agradeço grande Dama poética, uma honra te ter aqui pertinho. Obrigada Rose.

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