terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Hoje vim folhear-me...
Sentir meu perfume, e como ele muda...

A cada estação sendo uma nova muda
Mudança de forma e de cor

Hoje vim só para tentar
Me reconhecer...nessas facetas de mim
As vezes até sorrio...sabiam?

Fico a me observar nas linhas
e cada sentimento do exato momento
retorna...rebrota...

Como se meus olhos, os pudessem aguar

rsrs...é verão e o sol anda faminto...
Temo mesmo virar sertão
Nestes sentimentos que sinto

Então as vezes preciso olhar...
Não apenas um olhar superficial...
Pois este só tem beleza plástica

Quero olhar com aquele olhar de dentro...
Quente, morno...a tatear minhas entrelinhas...

E assim sozinha...relendo-me
Encontrar-me de fato!

Em cada linha minha.

Márcia Poesia de Sá

Se você...( Folhas trocadas)



Pudesse escutar os ecos rimados de minha alma...

escutaria-os?

Se você conseguisse sentir os vulcões que eclodem em meu peito e pele....

Sentiria-os?

Se ouvisse meus gritos mudos, nas cabeceiras acesas e cheias de livros...

Olharia?

Como se sentiria se você pudesse assinar um dia....

Márcia Poesia de Sá

Se mergulhasse em meu mundo....

Cheio de fantasmas...fadas, duendes, gnomos....

arbustos, abismos tão profundos...

Sussurros de memórias, sonhos de um amanhã

Como seria ser noite durante o dia....

E anoitecer pela manhã

Conseguirias ser sã?

Na captura de imagens que teus olhos esfomeados acumulam...

Neste olhar em traços em sombras e luz, perpétuos...

Uma flor jamais é só uma flor....

Ela é traço, profundidade e cor...

Conseguirias?

abrir os olhos, todas as manhãs?

Ou dormirias o sono dos que não querem ver....

As rimas verdadeiras desbotarem ao sol

Da realidade fria....

Márcia Poesia de Sá