segunda-feira, 29 de junho de 2009


Aura de cor

Vivo em um mundo paralelo
em um fugaz raio de luz
tão frágil tão singelo
Em uma nebulosa que seduz

Percorro estradas ventanias
repouso nos braços da poesia
sonho com fadas e duendes
amo nada mais que a fantasia

Escrevo minha alma meu sorriso
minha aura se desfaz em gotas
se expande em raios precisos

Minhas letras são de tons vários
meu coração mais parece um calvário
Meu sentir , uma insensatez

Márcia Poesia de Sá

domingo, 28 de junho de 2009


Nossa união de cores

Nossos versos propagam as cores mentais
Nossas mentes viajam em mundos astrais
Cores embrenham-se nos dias nublados
Transcendem imagens, abraçam abraços

Nossas cores viram versos sensuais
E a poesia se faz em alma e liberdade
Nossas viagens transcendem as esferas normais
De mãos dadas com as energias vitais

Distribuímos a paz
No sonho que satisfaz
No amor que ilumina a vida

Na união sublime e querida
Pincelamos aquarelas desta vida
E assinamos a obra mais bonita!

Anorkinda e Márcia Poesia de Sá

Tive um sonho contigo

A alma não estava aqui
E nós abraçados ao infinito
Nos doamos sem limites
Prontos para voar

Teus braços viraram asas
e meu corpo foi teu céu
Minha boca na tua cala
nossas peles como véus

Nosso sangue pulsa forte
e das veias faz caminho
coração acelerado
pele queima pergaminho

Beijo os olhos do destino
Faço de ti meu poema
meu versar mais bonito

Te acordo de teu sono
para dormires comigo
em total abandono

Na eternidade dos sonhos...

Márcia Poesia de Sá


Acróstico Caminho livre...


Colhe os pedaços de mim e de ti que sobraram
Alma ao vento se entrega...nua e só.
Muitas manhãs se passaram aqui
Inquietos sentimentos de inadequação
Nada é definitivo, e os caminhos se abrem
Harmonia pede licença para entrar....
Ontem foi o avesso do abismo

Livro empoeirado em meu olhar
Isto tudo acena com a esperança
Viva! pulsante! vontade de caminhar
Retire do caminho os barrancos esquecidos
Esta é sua nova chance!...caminhe então devagar!

Márcia Poesia de Sá
Acróstico "Tudo pode mudar"



Tempo...louco tempo dos relógios
Úmida sensação de olhos
Dúvidas sem fundamento
O pensamento hipnótico

Palavras sem eco se fundem
Ondas de mar se encontram
Diluem o sal da vida
E constroem novas pontes

Marcante presença que caminha
Um viver por demais adiante
Dádiva do sonho...realiza
A mais bela arte do encontro
Risos se fazem presentes e eternos

Márcia Poesia de Sá
Onde escreveram o que é valor ?
Acróstico


Valor é gostar, e sentir é cuidar
Ainda sonhar...saber imaginar
Loucamente amar e jamais machucar
O valor, no valor se encerra; em eterno
Rolar de afagos e cuidados mil

Deste amor, eu provo...querida
A luz da minha vida, meu prazer maior

Passo contigo dias e noites, madrugadas
Onde quer que eu esteja estás comigo
Entre tantas linhas me entrego a ti, apaixonada!
Sou apenas a mão que te traduz minha amada adorada
Isto declamo a ti, com o coração entre as mãos
A ti e só a ti meu eterno amor..."minha poesia!"

Márcia Poesia de Sá
Acróstico Sonhando Acordada




Sim! não adormeci
Ontem continua hoje
Nada em mim cansou
Há algo que perdura desperto
Ando como zumbi de mim
Nadando em ideias e pesadelos
Duvidas do amanhã
Ostracismo de desejos

Antagônico sentir
Cabeça fervilhante de som
Onde esqueci meu sono?
Roedeira de estantes vazias
Dádiva de artista?
Ainda sonho com você
Diamante de meus dias
Onde, quando?como?

Márcia Poesia de Sá
Ardência no peito...

Ah....Como arde esse vazio...
um instante de nada perto do leito
cama desfeita,lençóis de vento
ventanias ruidosas em tímpanos

Vai!! e se permita ir de encontro a tu mesmo
num desvelo encantador e traiçoeiro
onde já não encontras paradas pra teus medos
Ama!!! ama essa paixão enlouquecida!

Essa vastidão de sentimentos
esse turbilhão de dor e pó
E....na madrugada deste triste destino
ecoa na tua alma o grito

Aquele teu grito de infância
de criança sozinha...esquecida
no porão...que o vento
daquela tarde bateu a porta.

Márcia de Sá

sábado, 27 de junho de 2009

Para você...

Sai mansamente deste tão vazio e seguro nada onde percorria as teias de luz só para te entender...mas não sabia eu, que era apenas eu, que me perdia...absolutamente indefesa nesta mente em forma de labirinto que tanto me encanta...já nem sei se é encanto...ou se é como cheiro de incenso...vc simplesmente me abraça e me transporta...no ar...mas sinto o frio das nuvens quando vc me solta e despenco de mim mesma numa queda vertiginosa de volta a dor

to assim me sentindo congelar novamente como já fiz antes...mas algo havia me descongelado e doe novamente! to indo de volta ao iceberg de meus sentimentos
para me proteger de mim mesma

O teu abraço fluido...me carrega pra teu mundo e eu me sinto hipnotizada com teus olhos que não me deixam te ver...apenas a profundidade deste negro olhar que me arrasta....e faço deles meu luar e tateando pedaços de mim...me perco em ti como criança...mas vc sai e me deixa aqui sozinha neste abismo frio...onde não sei mais voltar p casa e apenas escuto na distancia tua voz que diz...eu te amo, quase como um eco no deserto de mim.

Escuto você bater palmas e desperto de ti...

Márcia Poesia de Sá

sexta-feira, 26 de junho de 2009









Alma de Carrara

Eu vejo o céu que queima em baixo da pele das estátuas de mármore
e sinto a dor da mão do escultor já totalmente louco em face de sua obra
ainda arde em mim a insana inspiração de um dia ter visto os olhos da arte
E os céus flamejantes de todos os meus desejos queimaram ao léu
Eu ando sorrateira pela mente dos loucos artistas dos antigos anos
e bebo com eles do cálice sagrado das tintas banidas e palavras proibidas
Cuspo no chão de teu museu empoeirado pelo vazio das portas fechadas
Pois a alma já não se basta...e te busca entre paredes frias de mim mesma
e te encontro sentado, calado a deriva de você mesmo...nesta correnteza de dor
De onde hoje pinto as cores em pinceladas negras em uma tela de vento
com moldura de alento e verniz lacrimejaste da loja de Zeus
Colocarei minha alma nela...pois assim talvez um dia você consiga se guiar
e sair desta escuridão fria onde moras nas dobras dos anjos de carrara

Márcia Poesia de Sá

Tantas cores
Destoam
derretem
se fundem
desaparecem
Tantas cores
alguns abraços
ternura indo
carinho vindo
chove
e as cores
aquarelam
borram
se consomem
em um cinza
já sem luz
Filho grita
conta chega
carro segue
ele ama
eu escrevo
nós fomos
poesia
esquece
rabisco só
papel
de seda
Márcia Poesia de Sá

quinta-feira, 25 de junho de 2009


Sejam bem vindos a minha alma...
Tarde chuvosa em Veneza

Corre a ventania nas estradas desertas de Veneza...e as marolas já descompassadas se transformam em ondas desesperadas...arrecifes de barcos e pessoas tentam resguardar a cidade que já desmorona em lágrimas...enquanto a ventania corrompe a alma do povo que tenta fugir...enlouquecidos em lenços vermelhos esvoaçantes...e correm e caem em total ritmo frenético...e os sons dos trovões dão o compasso das pausas, olham os céus e não conseguem compreender de onde vem tamanha fúria !

E os olhos borbulham...e a pele aquece e descasca no seco e duro incerto futuro que se mostra atrevido aos seus olhos...correm...correm aos braços quentes das desgraças...pois já não vêem mais horizontes e os corvos já estão a espera de suas almas.

Márcia Poesia de Sá
Since

The last time I touch you
something told me about
a year or more I can't smile

The last time I touch you
A silent voice shout in my eyes
and my tears decide to go out

Maybe they'd like to try
just try...to find me somewhere...
I never came back to me

since I touch you for the last time...
For the last time...

And I just keep on dreaming
that if any day I find myself again...

No!...I know!!! I will never....

Márcia Poesia de Sá
Tired

I am tired of gardens
Life is not as blue as I thought
The roads I went never had an end

All my pains live too much
It's so hard to be alive
No matter how long you live

It doen't mind how much I try
It will always hurt sometimes
The pain I mean will never go away from me

It's so hard to be alive
I'm sick of flowers and sunny days
I'm tired of being sweet

I need to stop this winter
I feel so tired of gardens
I need to go...

Márcia Poesia de Sá

Sua boca

Sua boca,louca boca de línguas tantas
de esperas e encantos, palavras soltas
ela me encanta,me embriaga de tanto querer
é nela que me imagino vagar assim..bem devagar

Boca louca e linda que jamais ouvi o som
me arrepia ao vê-la assim sorrindo pra mim
neste vão de calor onde salivas se aguardam em paz
enquanto eu seco e queimo ardentemente por ela

Márcia Poesia de Sá
Solamente

Solamente mente que se desfaz
Onde será que te escondes ou refaz
Lateralidade perplexa do vazio
Amálgama cruel da solidão
Múltiplas sensações se aproximam
E eternamente se abraçam
Neste sentir descabido e múltiplo
Tênue brisa fria do peito, extasiado de dor
Enamorado pelo vago só...que ecoa....ecoa...ecoa...


Márcia Poesia de Sá
Acróstico Metamorfose


Muda , muda tanto...
Estremece se mexe
Tateia...cai e levanta
Agonia inquieta
Muda assim de forma
Ondas de tantas coisas
Remoem a mente
Focaliza e destoa
Outras coisas vem
Sementes do novo
E outro ser nasce

Márcia Poesia de Sá

Um nó

A palavra dita 


expande!

e encontra a leveza do ar...


Enquanto a escrita
diminui entra pelos olhos
e amplia alma de quem lê


A gente desengasga da dor
ou repõe a cor onde só ha pó


e um imenso nó

 se faz em minha garganta
tento degluti-lo 

mas ele não vai...

não sai então grito!

e finalmente ele


c
a
i

em forma de lágrima...

Márcia Poesia de Sá
O que é isso?

Não saberia nomear o que me acomete agora, algo arde como um ácido e corroe minhas entranhas num vai e vem sequencial quase como dor de estômago...más não é no estômago que dói...é algo na garganta que quer dizer e algo nos ouvidos ansiosos para escutar...qualquer coisa no peito que aperta...e os olhos marejam sem saber, Tanto dói que esqueço e adormeço tentando buscar a solução em um sonho...más morro de medo de acordar e não ter-te visto...nem ouvido...
A doçura branda desta voz que nina meus sonhos se faz presente em minhas noites e dias e ecoam brandamente em minha mente e coração exalando um cheiro que já não detecto...e me pergunto incessantemente....o que é isto?

O que é isto?...e apenas uma voz rouca e quase muda se esgueira na minha mente e por trás de meus cabelos ela sussurra...de uma forma tão doce de quem apenas quer me ajudar...mas que de fato não consegue...ela apenas acelera as minhas lágrimas quando me esclarece do porque desta agonia...

...Saudade!...Saudade...

Márcia Poesia de Sá
Partes de textos...

Saí mansamente deste tão vazio nada onde vivia e já me sentia segura...fui para perto de ti quase sem querer...apenas queria te entender...te conhecer...mal sabia eu, que era eu quem me perdia...absolutamente indefesa a esta tua mente em forma de labirinto que tanto me encanta...Já nem sei se de fato é encanto, ou se é como cheiro de incenso que simplesmente me transporta para o teu mundo...Para a profundidade de teus olhos e eu sigo quase como se estivesse hipnotizada, não domino meus limites, nem sequer vejo os pisca-piscas de alerta! Simplesmente sigo este negro olhar,como se a escuridão de teus olhos,fossem minha lua. E quando a teu desejo, chega a hora de acordar...você bate palmas e eu desperto sem saber o que fiz...o que disse...ou o porque de ter dito ou feito. Confusa e de pernas bambas sigo meu caminho para longe de ti, más meus olhos ainda trazem os teus na retina...e o teu cheiro ainda me embriaga.

Márcia Poesia de Sá
Profundo Mergulho


Mergulho neste âmago ser
e profundo eco de minha alma
transcende estridente som
do silencioso vagar de uma lágrima

Sintônica a esse som mudo
Percorro-me em cada ranhura
Brechas, fendas escuras
Gotas salgadas me encharcam

transformo-me neste mar de saudade
que goteja dias que não vieram
e perdida nestes ecos de ti
invado-me tentando encontrar-me

Adentro, aflita, em mim
Vasculho paragens inóspitas
No fundo, profundo do meu ser
Encontro-lhe, realinhando mi’a órbita

Lena Ferreira e Márcia de Sá
Desabafo sem cor

Sou um resto
uma semente decadente
vários pedaços de gente
uma mistura geral

Sou a poeira e a brisa
o carrossel e o circo
aquele que já caiu
a piada maldita

Vou aqui e ali
com sorrisos e lágrimas
cores e pontes
rindo de mim

Ando de vagar em vagar
somente a gargalhar
desses pedaços sem fim

Supostamente segura
com as faces da ternura
toques de doçura fugaz

Tantas dores esconde
que qualquer dia um estrondo
vai acabar com essa paz

Sou o terror que arrisca
a fome que belisca
o caminhar lá atrás
e quero muito mais!

Quero um pouco de tempo
pra perder ao relento
catando antigo jornais

Vou rabiscar no futuro
eu quero um pouco de tudo
viver eu não quero mais!

Mas esta vida safada
insiste em não dizer nada
e eu me calo neste silencio sem paz

Aprendi a ser educada
menina não conta piada
não ri e não reclama demais

Maldito colégio de freira
tapou minha boca com poesia
e jogou nos meus olhos
um monte de hipocrisia!

Márcia Poesia de Sá
Adolescência


Adolescência a dor de uma ausência, um por vir

Uma angustia insana...uma febre profana um arder!

uma idade incoerente, o corpo fala da vida, a vida fala da mente

Perdidos entre tantos hormônios ja não reconheço meus homônimos

e nem compreendo a razão dos feromônios....

me perco entre tantos sonhos

Depois cansado descanso

entre os braços da mãe e as pernas dos demônios....

Márcia Poesia de Sá
Tu vens

assim quase como quem não sabe se chega ou se volta
se abraça ou empurra...se deixa se foge
Chega assim indeciso quase arisco, como bicho

Voce olha e tira a vista...
encara e baixa o olhar...deixa-o vagar
mas te olho com ternura e compreendo tua loucura
e te deixo se acalmar...

Você assusta ainda mais não quer toda essa paz e foge de vez...
corre serras e abismos...voa alto e despenca
se quebra todo no vento...se desfaz e chora!

Volta sem querer voltar..olha sem querer olhar
busca sem saber como...inquieto coração grita
e você destoa teus sons...acostumado estava ao vazio

Enquanto sinto o vento em meus cabelos
e meu olhar te observa calmo
numa ternura infinita de quem sabe esperar...
enquanto você...

Deita em um cobertor de folhas e aguarda...
pois você foge sem saber pra onde
grita sem saber do que
chora pelo que nem sabe
e....

perde sem saber ...
que ama sem querer...

Márcia Poesia de Sa