Borralhos de anjos
E eu retorno cansada, exaurida pelos ventos tantos.
Sozinha e de asas quebradas, ensaio um riso xoxo
no caminho das paralelas...
E eu retorno esbaforida, espessa, desumana .
Tão pouco de mar, um tanto de lama...
E eu retorno chorosa, desalmada, inflamada
refém de algo que me apunhala...
Tantos foram os cantos silenciados
nos boêmios pássaros de outrora.
Quantas estrelas murcharam nos jardins
d'outros olhos...
Nenhuma janela com alva flâmula
consola minha triste sombra:
não há sorrisos de anjos em flores apagadas...
E eu retorno desabitada de sonhos; feita
de lágrimas pétreas
assoprando os borralhos de minha jornada.
Sozinha e de asas quebradas, ensaio um riso xoxo
no caminho das paralelas...
E eu retorno esbaforida, espessa, desumana .
Tão pouco de mar, um tanto de lama...
E eu retorno chorosa, desalmada, inflamada
refém de algo que me apunhala...
Tantos foram os cantos silenciados
nos boêmios pássaros de outrora.
Quantas estrelas murcharam nos jardins
d'outros olhos...
Nenhuma janela com alva flâmula
consola minha triste sombra:
não há sorrisos de anjos em flores apagadas...
E eu retorno desabitada de sonhos; feita
de lágrimas pétreas
assoprando os borralhos de minha jornada.
Márcia Poesia de Sá &
Rogério Germani