quinta-feira, 9 de julho de 2009


Meu coração
Num peito vasto e sombrio
bate um coração recluso
preso nas muralhas invisíveis
que um dia eu construí

Morto na possibilidade da escolha
com olhos vedados em sedas
ele rasteja nas pedras
buscando um pouco de luz

Sonha seus antigos sonhos
se ilude com gotas de afeto
daquele que o deixou sem teto
recluso nesta imensidão

Calado em calabouço chora
sua triste condenação
vai viver a vida na aurora
nunca mais terá perdão

Pois quem o teve, hoje mora
na mais completa solidão
perdeu sua memória
nas muralhas da ilusão

Márcia Poesia de Sá

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