domingo, 16 de agosto de 2009


Espelhos de Poesia


Se a poesia tivesse um rosto, que rosto teria?
(teria o Rosto...)
E se suas mãos eu tocasse...
O que sentiria?
(sentiria o Toque tão infindo
que por mais que poetize... findo.)

E se de seus labios eu ouvisse...
O que ela diria?
(Meu mudo fremir lírico,
longínquo e entoante...)

E em um abraço apertado...
Onde eu chegaria?
...

Os espelhos da poesia
sao feitos de névoas
que ja não são vistas
nas pradarias...

E o toque não sentido da rima...
congela meu corpo em agonia...

Márcia de Sá e Osvaldo Fernandes

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