Penso
Há tanto ainda para leres
Desvendar os papiros enrolados
Pelos cantos de telhados
Onde ronda minha alma
Há tanto canto por todo canto
Milhares de prantos
Há o ar
Que circula como vento
Rodopiante intento
De te fazer te perder
Não siga as rotas obvias
Sinta o clima
Não te afobas
Há um tanto de magia
Em ler a alma de uma poesia
Vaga na imensidão
Um eternizar de imaginação
Continuação que quica
E sai descendo ribanceiras
Como criança que brinca...
Sorrio a te ver passar, sabias?
Sombria montanha de interrogações
Querem casar comigo.
Fecho os olhos, sinto o vento mais uma vez
E me abandono, apenas observando
Tua passagem
Aragem...
Paisagem de nós.
Márcia Poesia de Sá
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