A mão
Que afaga a pele, que acarinha a face
Que rasga a alface, que tempera a carne
A mão
Que pega carona, que acena adeus...
Vai na contra mão...
A mão
Que desenha e borda
Pinta o sete e chora
Toca violão
A mão
Que esbofeteia,
Que agride e é feia
Fecha de aversão
É a mesma mão
Que escreve rimas
Planta fantasias
Colhe lírios brancos
E durante anos
A mão
A mais bela obra
Que segura o mamilo do mundo
Amamentando-o de afeição
É a mesma mão
Espalmada ou terna
Bailarina da terra
Choro ou afeição
Cria e se exaspera...
Fala em movimentos
É artista da interpretação
Mãos.
Amadas criaturas!
Sem as minhas
Eu estaria nua
Sem alma
Sem amor
Sem expressão
Márcia Poesia de Sá
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