segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Hoje vim reler, a min’alma, que de tanto falar, às vezes cala

E me deixa sem saber o que fazer...

Sabe, é como quando nós estamos em um lugar muito barulhento

E de repente agente para de escutar.

Isso acontece com vocês?

Comigo acontece sempre.

Ou quando o assunto não me interessa...

Ou quando me irritam as futilidades...

Ai, desligo os botões

Mesmo não sendo intencional

Alivia muito...

Entro no meu mundo e fico lá a meditar, ou escrever mentalmente minhas linhas

É bem melhor ali...

Mas hoje minha alma doeu!

Uma dor intensa e não identificada

Ou ao menos, que eu não quis identificar, ainda...

E ainda não quero

Na verdade eu só quero tatear o sentimento

Mas não compreende-lo na lógica

Penso que esta lógica pode fazer com doa mais

E hoje não estou masoquista.

Penso que algo deva ter magoado uma antiga dor

Mexido em cicatrizes aparentemente curadas

Ledo engano... Cicatrizes da alma são raras de curar

Elas só são esquecidas.

A proximidade pode doer!

Enquanto que uma ausência ou uma distância observada

Pode até mesmo nos dar a impressão de cura

Impressão... Impressionismo...

Veio-me a mente uma tela de Monet

Onde chamas amarelas tomam um navio

Na verdade creio que seja mais ou menos isso que estou sentindo...

Boca fechada... Olhos mirando além...

Vendo quase uma miragem riscada em grafite

Quase apagada...


Perdendo em detalhes...embora vívida em siluetas...

Mas sinto as labaredas na garganta!

Márcia Poesia de Sá

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