domingo, 29 de maio de 2011


Ele

Que veio revoando com a calma das gaivotas

Em manhã de calmaria no mar

Quase sem as asas movimentar

Encontrando-me placidamente deitada

Em meu destino

Ele

Que soube pousar no penhasco

A escutar minhas lágrimas

Sem nada falar

Ele

Que de tão terno nem parece carinho

Parece mais uma gota de orvalho a umedecer

Minha alma

Ele

Que de tão amigo nem parece outro

Mas eu mesma em espelho

Ele

Que adormece em meus braços como criança

E acorda sorrindo

Só por estar

Ele

que é mais, muito mais

Que sonhei

Ele

Que me relembra os caminhos

Os quais não seguirei mais sozinha

Que me abraça no frio

Que aquece meu desalinho

Ele

E recompõe meu sonho

Seu sonho, nosso ninho

Ele que canta baixinho

A canção do amor

Ele

Que fala com calma

Mesmo em meio às guerras de mim

Ele

Que exatamente por ser assim...

É o grande amor da minha vida

Ele...

Só ele, e fim.

Márcia Poesia de Sá – 29.05.2011

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