sábado, 7 de maio de 2011

VULCÂNICA

Vulcânica e abrasiva
derreto o gelo de tuas palavras
a língua de minha alma
a percorrer mentiras torpes

Flamejantemente verídica
escorro por tuas paredes nefastas
corroendo o mel de tuas lástimas
num profundo fumegar de adeus

Empírica e resoluta
ateio brasas nos teus olhos surdos
acordando a ilusão sincera
diluída em mármores imundos

E se me calo...
silenciando mansamente minhas verdades
não esqueças que sou vulcão sereno
adormecido por mera comodidade

Mas quando falo..
vomitando internamente minhas lavas
não esqueças que sou vulcão extinto
com uma fome desesperada de jorrar.

Lena Ferreira & Marcia Poesia de Sá

Nenhum comentário:

Postar um comentário