Labirinto
E o vento
me conta coisas...
E me pego a inventar teu abraço
a criar tuas mãos,
pintar teus olhos,
esculpir teu corpo
assim, pouco a pouco
imploro nossa arte!
que em meu corpo, arde!
Mas a noite é cruel
escurece o pincel
quebra o formão
arranca-me a ilusão
E se a chuva vem fininha
passando lentamente por mim
imagino teu perfume
que inunda minhas terras
Mas a noite é feroz
e amanhece!
só para me mostrar
que foi um sonho.
Onde de real
nada reponho...
No meu peito ainda sinto
o som do teu peito
e eu?
labirinto.
Márcia Poesia de Sá - 2014
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