sexta-feira, 9 de maio de 2014

Ah...eu queria tanto

mas eu queria demais,
eu queria como jamais alguém quis
eu queria desta forma minha
alucinada, feroz
faminta e doce
felina e algoz...

ah...eu queria
eu queria daquele jeito
assim arrebatador
eu queria tanto...
é, eu queria
queria como jamais fui
capaz de querer...

queria mais que qualquer coisa
queria a qualquer hora
queria que me acordasse!
queria que me pusesse
para dormir!

ah...eu queria!
e como queria...
queria ser o ser mais doce
a mais terna aberração
queria que me possuísse
e me roubasse a razão!

queria ser a poesia
e você o poema sem razão
...enfim tudo eu queria
até a inexatidão!

juro meu amor
que tudo que eu queria
era...
você,

e um
pouco menos
de
não.

Márcia Poesia de Sá.

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