Pegadas
E essas pegadas marcadas na areia,
vindas de longe, de tantos cais...
E aqueles navios que piscando suas luzes,
passam tão longe enquanto acenam um nunca mais.
Sigo pegadas imaginarias, cuja ventania jamais desfaz
E noite e dia, e dia e noite, quando a lua segue sua sina
sigo pegadas, imaginarias...
ora piso as tuas
ora sigo as minhas...
E a noite labareda
queima a vela recoberta
em um lual atemporal...
enquanto os sons se camuflam em notas
e entre os passos, de um revoar
Abraços mansos acordam o dia
e nossos beijos adormecem o luar
E essas pegadas, que foram nossas
serão enfim abençoadas
pela língua macia e morna
das águas claras, de um fundo mar...
Márcia Poesia de Sá.
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