sexta-feira, 9 de maio de 2014

Pegadas

E essas pegadas marcadas na areia,
vindas de longe, de tantos cais...

E aqueles navios que piscando suas luzes,
passam tão longe enquanto acenam um nunca mais.

Sigo pegadas imaginarias, cuja ventania jamais desfaz

E noite e dia, e dia e noite, quando a lua segue sua sina

sigo pegadas, imaginarias...
ora piso as tuas
ora sigo as minhas...

E a noite labareda
queima a vela recoberta
em um lual atemporal...

enquanto os sons se camuflam em notas
e entre os passos, de um revoar
Abraços mansos acordam o dia
e nossos beijos adormecem o luar

E essas pegadas, que foram nossas
serão enfim abençoadas
pela língua macia e morna
das águas claras, de um fundo mar...

Márcia Poesia de Sá.

Nenhum comentário:

Postar um comentário