Rendo-me, conduza!
Conduza-me por entre passos
de pernas que se espelham
Leve-me consigo ao seu mundo de rubis...
Fecho os olhos, seguro sua mão
Entrego-me, rendo-me
de pernas que se espelham
Leve-me consigo ao seu mundo de rubis...
Fecho os olhos, seguro sua mão
Entrego-me, rendo-me
Conduza-me aos insanos veios
traga-me os aromas de teus loucos jardins
faça-nos cruzar os portais de Atlântida
vendada e muda, quieta e surda
indefesa ardência
traga-me os aromas de teus loucos jardins
faça-nos cruzar os portais de Atlântida
vendada e muda, quieta e surda
indefesa ardência
Conduza-me ao incêndio !
Conte em meu ouvido todos os contos
que destravam os cadeados,
que dilaceram as cordas
em raios invisíveis de neon
Conte em meu ouvido todos os contos
que destravam os cadeados,
que dilaceram as cordas
em raios invisíveis de neon
Dance comigo nas alturas do sonho
vamos morder a lua?
lamber a luz?
enlouquecer?
vamos morder a lua?
lamber a luz?
enlouquecer?
Conduza-me lentamente
ferozmente
vorazmente
ao seu insano mundo
ferozmente
vorazmente
ao seu insano mundo
E ao me entregar,
sei que sentirei na língua
o mais ardente sabor do instinto.
sei que sentirei na língua
o mais ardente sabor do instinto.
Que goteja incandescente
sobre a canção e o mar.
sobre a canção e o mar.
Márcia Poesia de Sá.
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