terça-feira, 10 de novembro de 2015

Nós e o tempo
Eu queria escrever o tempo inteiro
mas o tempo, este garoto tão matreiro
jamais se entrega por inteiro
Ele é como neblina nas manhãs
vem, encanta, quase nos cega,
e logo depois, se desfaz...
Eu queria conter o tempo todo
mas este tempo, assim como eu
não se permite engaiolar...
ele tem na derme o gene das brisas
ensolaradas das pistas
por ondem percorrem as histórias
sempre em altíssima velocidade e sem destino...
Eu queria muito guardar o tempo
quiçá numa caixa de porcelana
com uma pintura antiga...
Mas este tempo presumidamente guardável é utópico
Então me resta esses instantes sóbrios
onde busco-nos nas memórias
enfileiradas e tão bem arquivadas
deste tempo que já se foi...(será?)
Olha ! encontrei um arquivo !
nele o tempo estava ensolarado e sobre a linha
a minha letra dançou com a tua
num poema imortal de tão lindo...
Sinto um perfume de mar, sentes?
Márcia Poesia de Sá.

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