terça-feira, 10 de novembro de 2015

O silencioso som das casas.
Os edifícios namoram entre si e ruas que se estupram nas esquinas com sinais de três cores, e em seus olhares que sempre buscam horizontes do mar cada vez mais distante, raro e inquietante como as distâncias dos lírios, raramente o encontram, o mar sabe ser exclusivo ! Nua e líquida criatura que só se entrega a olhares navegantes...
...e muitas vezes preocupados com seus barulhos internos, eles, os prédios, cegam suas janelas...as deixam nubladas por incertas visões, pobres edifícios. Tão cegos e cheios de olhos oblíquos.
Por isso, ainda prefiro as raízes das casas quietas, que apenas tem poucas janelas para abrir...e de dentro delas sempre exala um cheirinho de um único lar.
(Algo de panela á fervilhar e portas que se reconhecem...)
E até mesmo quando se escancaram as portas, só namoram com seus próprios jardins. É, as casas, definitivamente, são mais fiéis.
Márcia Poesia de Sá..

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