domingo, 24 de janeiro de 2016

Ponto imaginário
Aqui d'onde observo este oceano azul marinho
percebo que apesar da aparente calmaria
que faz com que a lâmina d'agua até pareça um espelho
Existem redemoinhos, onde alvoroçadas curvas se mesclam
e posteriormente aprofundam-se num cone imaginário
até o umbigo da terra, onde as areias dançam,
antes de sucumbirem a escuridão.
Quem sabe imagino demais ou sinto demais
nem sei e nem quero saber, mas entendo
que apesar da solidão intrínseca dos poetas
de vez em quando, alguns deles conseguem tocar
a essência primal do encontro, e superam em muito
a expectativa tosca da mera normalidade.
Transmutam-se, transcendem, transportam-se
apenas para tocar, e assim, como um perfume bom...
evaporam na escuridão da noite, neste mar azul marinho
numa nota da canção, na frase do livro, no tempo dos relógios
ou até mesmo, neste ponto imaginário no qual você acabou de se perder.
Márcia Poesia de Sá.

Um comentário:

  1. Márcia, estou levando este poema para nossa coletânea "Algazarra Poética". Está certo? Beijos

    ResponderExcluir