Rouco gemido
O grito que te rasga a voz
renuncia aos teus argumentos
evoca barbáries
lamentos
apressa as intempéries
de todos os tempos
renuncia aos teus argumentos
evoca barbáries
lamentos
apressa as intempéries
de todos os tempos
o grito te desata o nó
faz retalhos
provoca catarses
estragos
no abismo dos impasses
risca um atalho
faz retalhos
provoca catarses
estragos
no abismo dos impasses
risca um atalho
Talho rouco na pele do eclipse
Faz sangrar os céus
Em magentas azulados
Gotas de medo e espasmos
Nos céus de todos os ritos !
Faz sangrar os céus
Em magentas azulados
Gotas de medo e espasmos
Nos céus de todos os ritos !
Varamos as madrugadas desnudas
Silenciosos ecos flamejantes
Por entre fogueiras errantes
Estrelas dançantes riscadas no chão
Silenciosos ecos flamejantes
Por entre fogueiras errantes
Estrelas dançantes riscadas no chão
E Enfim,
O berro ecoa lancinante
Fazendo malabarismos de instantes
O berro ecoa lancinante
Fazendo malabarismos de instantes
E morre gelado na glote
Outra vez.
Wasil Sacharuk e Marcia Poesia de Sá.
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