quarta-feira, 30 de março de 2016

Rouco gemido
O grito que te rasga a voz
renuncia aos teus argumentos
evoca barbáries
lamentos
apressa as intempéries
de todos os tempos
o grito te desata o nó
faz retalhos
provoca catarses
estragos
no abismo dos impasses
risca um atalho
Talho rouco na pele do eclipse
Faz sangrar os céus
Em magentas azulados
Gotas de medo e espasmos
Nos céus de todos os ritos !
Varamos as madrugadas desnudas
Silenciosos ecos flamejantes
Por entre fogueiras errantes
Estrelas dançantes riscadas no chão
E Enfim,
O berro ecoa lancinante
Fazendo malabarismos de instantes
E morre gelado na glote
Outra vez.
Wasil Sacharuk e Marcia Poesia de Sá.

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