Reciclando alma em metal
Derreto objetos por cima das telas
e deixo que escorram como lava
me acho reclusa, retida, um silêncio
Sofro o expor das cores flamejantes
Corroo os materiais como ácido cintilante
e modifico a textura de teu semblante
raspo com espátula tua face de meus olhos
e pinto um novo queimar em tua sombra
Rasgo as almas corroídas do teu tempo
e lixo o brilho que tinhas e só eu via
Envernizo teu sorriso irônico
Emolduro este amor tirano
e guardo a obra do espanto
em algum ateliê abandonado
Márcia Poesia de Sá
Derreto objetos por cima das telas
e deixo que escorram como lava
me acho reclusa, retida, um silêncio
Sofro o expor das cores flamejantes
Corroo os materiais como ácido cintilante
e modifico a textura de teu semblante
raspo com espátula tua face de meus olhos
e pinto um novo queimar em tua sombra
Rasgo as almas corroídas do teu tempo
e lixo o brilho que tinhas e só eu via
Envernizo teu sorriso irônico
Emolduro este amor tirano
e guardo a obra do espanto
em algum ateliê abandonado
Márcia Poesia de Sá
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