quarta-feira, 11 de novembro de 2009


A iluminação

Um dia me despeço de meu ego
E parto em paz para o maior mergulho
Intruso de mim mesmo, em completa solidão
Me reconheço alma em evolução, apenas.

Nada ha de mim, de meu, de eu...
Nada sendo assim, apenas um eu, a luz
O perdão inexorável a humanidade
Reflete-se na mais pura humildade
De se saber falho, em todos os sentidos

Ha uma luz interior, e um silêncio apenas
A paz que tanto buscam, no interno de si... vive!
Convive com barulhos de um orgulho burro
Até que resplandece numa luz imensa

E assim alma e espírito, ser de conciência
eterno como o universo e suas luzes
Brilha alma e vida numa morte eterna
Do egoísmo rude, ignorante e inutil

Transformando então em puro pó de sombra
De estrelas cadentes de um abismo mais que profundo
O ser humano, vegetal, mineral e animal
Numa etéria globalização de nadas
Abraçadas no umbigo de um tudo.

Márcia Poesia de Sá

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