Paredes de pedra (Novembro)
Já eram onze os guardiões do templo
Decaptados pelo vento das chapadas
Nas rochas úmidas do firmamento
Observavam vagas passaradas
As pedras soltas, vomitavam areias
De um largo ano que se arrastava
Como serpente na areia quente
Ele deslizava pela vida demente
Naquele onze, a olhar o horizonte
Vi o negrume, tempestade louca
Calou-me a boca num suspiro triste
Em riste a morte, deu seu ultimo lance
Fúnebre clarão em meio ao ano
Que se despede então em agonia
Levando as labaredas da razão
Daquele adeus, que não te dei um dia
Conto hoje as pedras, deixadas a margem
Contornando o rio de lágrimas que ficou aberto
E vejp na transparencia de suas aguas
As imagens tantas, que guardarei, por certo
Triste e terrivel ano, dividido em lascas de medo
Corroído pelo tempo, cruél e infinito sujeito
Dilascera a morte, come seu cotovelo
Impedindo enfim, a história de ser escrita
E os olhos vagos de crianças aflitas
Revoam os albuns de amarelas fotos
Buscando o sorriso, o abraço terno
Daquele que no onze, se foi...santo.
Márcia Poesia de Sá - 11.11.2009
Já eram onze os guardiões do templo
Decaptados pelo vento das chapadas
Nas rochas úmidas do firmamento
Observavam vagas passaradas
As pedras soltas, vomitavam areias
De um largo ano que se arrastava
Como serpente na areia quente
Ele deslizava pela vida demente
Naquele onze, a olhar o horizonte
Vi o negrume, tempestade louca
Calou-me a boca num suspiro triste
Em riste a morte, deu seu ultimo lance
Fúnebre clarão em meio ao ano
Que se despede então em agonia
Levando as labaredas da razão
Daquele adeus, que não te dei um dia
Conto hoje as pedras, deixadas a margem
Contornando o rio de lágrimas que ficou aberto
E vejp na transparencia de suas aguas
As imagens tantas, que guardarei, por certo
Triste e terrivel ano, dividido em lascas de medo
Corroído pelo tempo, cruél e infinito sujeito
Dilascera a morte, come seu cotovelo
Impedindo enfim, a história de ser escrita
E os olhos vagos de crianças aflitas
Revoam os albuns de amarelas fotos
Buscando o sorriso, o abraço terno
Daquele que no onze, se foi...santo.
Márcia Poesia de Sá - 11.11.2009
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