sexta-feira, 15 de janeiro de 2010


Refém do amor

Há certamente muito
Ainda na espreita
O tempo ainda
Não fez a colheita
De tua alma lida
Todas as linhas

Más há algo de dúbio
Em tuas entre linhas
A lírica doçura d’alma
Acorrentada a apimentados climas

E esta veia de outras terras
Sob arcos dos encantos
Fazem naufrago meu pranto
Nas distancias destes mares

Percebo aroma de incenso
E em curvas, belas curvas!
De imagens a mim, imaginárias
Perco o leme de minha nau
E totalmente a deriva me deixo

Sonho, tuas mãos abissais
E olhos profundos como um cais
Neste meu sonho, te vejo

Se a minha poesia voasse
Iria a templos antigos
As mesquitas e as cúpulas
Deste sonho ainda aflito

Como sol ardente de doiradas tardes
Algo em meu peito aquece e explode
Iluminando a alma, que te busca em disparate

Pois se meu amor seria de ti refém
E minhas mãos só para ti criariam arte
Sendo eu tua prisioneira num paraíso a parte

Digo:

Rapte-me antes que seja tarde...
Pois minha alma já te sente no vento
Enquanto a tua...
Cavalga livre em meu pensamento

Márcia Poesia de Sá

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