A águia em mim
Sou a busca incessante... O olho que vê no presente rasgos de um passado
Criando um futuro moldado, pelas mãos de um desejo a alvorecer.
Plano em vôo direto, objetivo concreto... Passos de puro robô na intenção de um coração que sabe aonde vai...
Já voei demais... Fiz cambalhotas em meus sonhos, pulei abismos tristonhos, sorri e chorei. Hoje me sinto decidida, mesmo que nada em minha vida precise de mudanças radicais, são pequenos moveis empoeirados que quero mudar de lado...
Ou talvez a obra branca... Plácida, neutra... Insensível... Que era vista como paz...
Sendo vista como nada, ou simplesmente a possibilidade escarrada de um tudo visível.
Ansiosa de uma espátula... Repleta de tinta a pingar... Quero esfregar o óleo... e depois jogar areia...quero correr meus dedos nos veios da tela e deixar as digitais para a eternidade...
Nunca fui muito fã de desafios, eu sou zen, a paz me apraz...
Mas quero pular com um bastão... Ganhar a maratona... To a fim de querer mais...
Lembro da paz dos colibris e eles ainda estão em mim... Revoam pela manhã...
Mas quando o sol esquenta... o sangue ferve...quero encontrar a águia...ir com ela as planícies...olhar o mundo com lente...de longe verei só gente...de perto verei a alma...
E nas distâncias de asa a asa... Quero fazer pulsar esta maquina... Ao ponto Maximo possível
Mas antes de vê-la preciso, acalmar ou enfurecer meus anseios... e ver com olhos de águia, minha própria alma que pulsa em equilíbrio.
Márcia Poesia de Sá
Nenhum comentário:
Postar um comentário