terça-feira, 11 de maio de 2010

Amor d’Aurora Primaveril

Abri a porta do meu dia, para encontrar você.
Até meus sonhos estavam despertos.
A mão do meu amor ofereceu-te companhia,
E os meus gestos, de carinho, encobertos.

A lua cega buscava o seu repouso,
e uma melodia suave embalava o amanhecer
Meu desejo intenso contava horas,
Neste momento de magia, a florescer...

Cantavam pássaros, caíam folhas,
A paisagem me convidava a te buscar.
E eu buscava, nos meus quadros, nos meus versos,
Para só em mim te encontrar...

Eras minha obra predileta...
pendurada em minha galeria particular
e eu te observava absorto...
cada vez mais perdido neste teu olhar

Então, do amor que era só desejo,
Foi-se chegando, mas com mansidão,
E sem pedir, e sem fazer alarde,
Entrou sem pressa no meu coração...

Aconchegou-se de forma morna
E fez de mim refém...
Doce sentimento que aflora
Na poesia de um querer tão bem...

Então, dos versos que eram tão perfeitos,
Foi-se brandindo toda a minha obra,
E sem excessos, sem restar espaços,
Nesse querer que, de querer, não sobra...

Se completando como tela e tinta...
O meu amor, ao teu, deseja o tempo
Reescrevendo o verso mais lírico
Rasgando à força tanto sentimento

Amar-te-ei em duras invernias,
E nos verões de fogo mais intenso,
Que desse amor, não restarão nem cinzas,
E as solidões se esvairão com os ventos...

Minha tristeza como folha alaranjada
Rolou para longe, fim da longa espera
Que em teu abraço, forte e perfeito
Abriu manhãs em minha primavera

Enfim Amor, o teu amor bendito,
É a razão das minhas poesias,
É o meu caminho em estações, e eu digo,
Amar-te assim, é a minha alegria!


Márcia Poesia de Sá e Ânderlo Strwsk

Nenhum comentário:

Postar um comentário