
Navegando na insônia
Ao acordar, todas as estrelas que comigo haviam passado a noite, ainda brilhavam em meus olhos. E a imensidão azul marinho daquele céu ainda aparece na retina, como se a noite não tivesse ainda passado, vejo nuvens tardias a se esconder do sol, que levanta furioso e certeiro ao seu posto de rei.
Corpo tateia  entre lençóis a busca extrema do sonho. Que na noite passada se ausentou  por horas. Ontem ao correr das horas, vaguei por entre linhas, linhas  de teu livro, que mesmo fantasia, me permitia tocar-lhe as mãos.  Imaginei que ao mesmo tempo que meus olhos seguiam as letras, tua mão  corria à frente a escrevê-las...e por isso não dormi. 
 O desejo  quase febril de alcançá-las me levou folha a folha, em busca daquele  perfume, que de teu livro exalava, eu sabia que estavas ali, mesmo não  conseguindo vê-lo.  Já perto da manhã... Adormeci por um  instante... E sonhei beijando-as. Mãos de estrela, anjo querubim, que  passou a noite toda comigo escondido em meu sentir. Mas o sol chegou, e  me lembra mais uma vez que és linha, renda de poesias, bordando meu  amor numa madrugada fria.Márcia Poesia de Sá - 16.07.2010
Show de imagens, Márcia. Te adoro também em prosa!
ResponderExcluirBeijão
Obrigada de coração Dhe, amei te ver aqui...grande poetisa; beijos todos.
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