sábado, 25 de setembro de 2010


Se eu calasse

O que não falo
Mas que com atitudes resvalo
O que não falo
Mas que com olhos roxos, esbugalho
O que não falo
Mas ignoro o passar, como falho
O que não falo
E sinto o amargo gargarejar de alho
O que não falo
E gela o coração em frangalho
Se eu calasse...
Talvez assim, sobrevivesse
Ao fim inevitável
Que é esquecer-te.
Ao lembrar-te tanto...
Quando me calo.

Márcia Poesia de Sá

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