domingo, 26 de setembro de 2010


Há momentos em que os poetas são tomados pelo silêncio.
E isto não tem uma razão óbvia. Apenas são envoltos numa névoa silenciosa e fria como uma brisa, é estranho o sentir deste frio que nos absorve e consome...
Ficamos a mercê do nosso próprio sol que não raia, fica embutido numa nuvem de idéias só a nos observar em agonia.
Um poeta calado é como uma fabrica abandonada, se olharmos de perto, bem perto mesmo...
Podemos escutar umas vozes antigas...
Umas linhas caídas pelo chão...
E quando o vento sopra novamente,
Algumas letras revoam como filme antigo
Voam em preto e branco e é mudo.
Completamente mudo, como um grito ao fim do som...
Como a morte após a vida
Ou como uma lágrima nascida da emoção
Que vem logo após um ponto final.


Márcia Poesia de Sá

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