Uivos
E que uivem os lobos dos tempos
E que chamam a matilha ao luar
Já não temo o peso dos anos
E jamais baixarei meu olhar
Tenho em retas as notas da vida
Horizonte de tanta placidez
Meu olhar não revolta-se nem teme
Ele apenas observa a pequenez
É tranqüilo e certo de tudo
De que tudo um dia passará
Meu olhar já não teme o futuro
E meu peito já aceita te amar
Degluti minha paz nesta vida
E ela aflita, deixou-se ficar
Mas com os uivos do vento, no tempo
Aprendo apenas a respirar...
Sei que arfando não leio os momentos
Sei que as lágrimas me tapam a visão...
Sei que o tempo é mestre de tudo...
Sei que a calma...
Pintou minha amplidão.
...e se há uivos de lobos ferozes...
Pois que uivem sua solidão.
Márcia Poesia de Sá
Nenhum comentário:
Postar um comentário