Quem será que habita o interior de minha pele?
E por onde será que anda as outras faces de mim?
As épocas recoloridas da memória frágil
Que assolam meus sorrisos de alfenim...
Crianças que correram em escadarias
Subindo e descendo suas bonecas
Trocaram suas roupas tantas vezes
Que hoje não encontram suas cobertas
Congelam no inverno da idade
A Pradaria que em folhas ferve!
Brincando de ser adulta se surpreende
Com laços de fitas que envolvem sua verve
A tênue lira que tocava sua pele
Enferrujou por pura falta de maresia
Contraponto desta minha fantasia
Que em mar absoluto me inebria
Márcia Poesia de Sá
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