sábado, 17 de dezembro de 2011

E assim como papel em branco
passa-se mais uma madrugada
camuflando os olhos vermelhos do cansaço
E sabendo-se tão densa quanto
a escuridão da noite

E assim mais um rabisco e uma busca...
mais um carneirinho perdido na noite
mais um sonho sozinho
balançando no terraço da vida
ao sabor dos ventos frios da mata

Cá dentro, um eco
de algo que ainda não compreendo
a tagarelar interrogações e reticências

Aqui, bem pertinho de mim
só um eu sem sono
nada mais

Márcia Poesia de Sá

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