sexta-feira, 1 de novembro de 2013

O sapato!

De repente apercebo-me mais jovem. Um jeito mais idiota de ser, (mais?! cruz credo!) 
umas coragens estranhas. Vejam só, caros leitores! que coragem é esta de escrever um texto assim tão alesado? pois é. Ando igual a musica de Legião Urbana: Festa estranha, com gente esquisita, eu não tô legal, eu aguento mais birita! 
Ontem encontrei com um amigo por pura coincidência, também pintor e poeta, amigo de longas datas, e dentre as muitas frases hilárias dele, a melhor foi: Tua loucura está ainda mais radiante, queria te pintar hoje!. 
Mas vejam só que coisa, além de doida ainda sou radioativa, reluzente, quase um abajur. Ontem, também fui comprar um outro tênis para mim, o meu de tanto abandono, se suicidou no armário, descolando-se de tanta tristeza, coitado!
Na primeira loja, odiei todos, na verdade não gosto de tênis, eles parecem um bolo de noiva e as pessoas ainda os enchem de cores, uma misto das obras de Pollock com um mau gosto descomunal!
Enfim, na segunda loja, encontrei um que gostei, menos colorido, e de uma marca que dizem ter tantos apetrechos que sinceramente acho que ele deveria ir caminhar sozinho e me deixar aqui com minhas poesias. O povo que cria o nome desses objetos mágicos tem uma criatividade gigantesca! 
Pois bem, encontrei a peste, e mesmo antes de experimentá-lo sai em busca de algumas roupas de ginástica, na mesma loja é claro! com o maldito na mão, para avaliar a cor em face das roupas, uma meia hora depois, com a sacolinha com alguns pares de tops, legs, e outras coisinhas, ( por falar nisto, porque não falamos em português heim? os shoppings de hoje em dia mais parecem um curso intensivo de inglês, que coisa mais ridícula! 
Mas, deixemos isso para outro texto. Voltei a área dos famigerados calçados e digo ao vendedor: Finalmente encontrei um senhor, pode me pegar este, no numero tal? 
E lá vai aquela criatura, com a cabeça cheia de nomes que certamente não compreende, mas repete-as exaustivamente o dia todo, em instantes volta ele: Infelizmente não temos seu numero senhora. 
( E agora José?! eu já tinha escolhido todas as roupas para combinarem com aquele diabo!) 

Respiro fundo, busco lá dentro da alma resquícios de meu Budismo aplicado e declaro: 
tudo bem, sem problemas, vou pagar as roupas então. Já com as roupas na mão, vamos lá apreciar esta área que as mulheres habitualmente adoram, mas que a mim produz um certo abuso: Shoppings! 
Normalmente eu passo mais tempo nas livrarias do que em qualquer outro lugar deste antro do consumo e das futilidades. Mas é divertido sentar na área de alimentação e observar...
Mães desesperadas com crianças pelas mãos a desejarem o universo todo de baboseiras que lá se exibem nas vitrines, garotas que nitidamente sem estilo definido, misturam, a calça da marca tal, com a blusa da marca tal e os tênis mais cobiçados do planeta terra, agarradas sempre a um celular que mais parece que está colado em suas mãos!
Sem comentar que a calça da marca tal, acaba com o corpo lindo delas, pois tem um corte tenebroso, que foi idealizado para as mulheres não Brasileiras, logo, sem as curvas que nos são tão próprias.
Observar os olhares dos homens que perdidos entre um chope e outra fantasia ficam ali mais parecendo caçadores de borboletas, e os garotões, meu Deus, eles malham tanto aquele corpo, que mais parece que vão em minutos puxar um caminhão com os dentes! 
E caminham como pavões alucinados sem enxergar um palmo na frente do nariz, já que o nariz assim como todo seu ego, só olha para seus próprios umbigos ... é, no mínimo é engraçado ver essas cenas. 
Mas, voltando a minha caça ao maldito sapato, depois de duas lojas a mais, e a acelerada irritação que teimava em aparecer e ser jogada fora novamente por minhas hábeis mãos, achei um, que além de ter wave, legend, cruzader, e até elixir! (hahahahaha (fala sério!) )
ainda era feito com fibra de carbono! ( cáspita!) segundo, o ilusionista que o tentava vender. Na verdade só o escolhi por ser confortável e ter um pouco das cores das roupas que eu já carregava.

Enfim, pessoal...
agora com esta máquina quase mortífera nas mãos, espero que ele faça a grande mágica de me levar para caminhar todo dia! o que para ele não será difícil, em face de seus dons de outro mundo. 

Abraços queridos! 

Márcia Poesia de Sá - 2013

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