terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Ecos de mim

Não meu querido, não pergunte-me quem sou
Nada sou te afirmo! ainda continuo estando
Penso que algo em mim é tão reticência
Que vai ver na essência, sou apenas um eco
Um amainar de mistérios, com um som de catedral
Caleidoscópio de arco-ires, ou só um pincel sujo de tinta
Não, meu amor, não pergunta-me quem sou!
Olha-me apenas nas entrelinhas, quem sabe assim
um dia, numa tarde qualquer, entre um voo de beija flor
ou uma saudade bonita, tu finalmente me decifres.

Márcia Poesia de Sá.

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