Voltando
De verso em verso
De prosa em prosa
te aconchegas dengosa
perto do coração
Vem e conquista
menina travestida de malicia
doce, interna e perfumada
como uma febre terçã
Quem me dera ter asas
juro! voaria a tua casa
e deixaria lá, só um canto
Só um pedacinho
de todo este meu encanto
Embalado em papel seda de espanto
por me rever apaixonado!
E assim eu olharia a tua face
nem que fosse na gota do orvalho
que nas rosas que te ofertaria,
lentamente evaporasse
De verso em verso
E de prosa em prosa
Nos abraçaríamos então
Envoltos no perfume das rosas
E de teu beijo quente e abrasador
Metamorfosearia-me em amor
Para adoçar tua vida com ternura
Minha poesia, então, já não seria minha
De nada me serviria, já que não serve mais!
Ela se veste de cais, e ancora minha saudade
Então, receba minha alma hoje nua
Saibas que na doçura de nosso leito
Minha poesia já não me pertence!
pois brada no meu peito: ser só tua.
Márcia Poesia de Sá - 2014
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