terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Contração 

Na 
garganta 
avoluma-se!
espessas paredes
(de pedra)

Dos olhos
(só areias...)

Na imensidão
de um silêncio
que hoje
brada incessante
e (inequívoco!)

Enquanto aguardas
ansioso
algo que
desconheço
conhecendo...

limitas tudo que vaga
impondo o solo!
de pés aos pares...

dilaceras asas
inflamas-me
(pesares)

Amargor
de rubros
paladares

vivo a morte
reviro-a
ao avesso
respiro o ar
úmido
da introspecção

numa cadência
nova

latente
contração.

Márcia Poesia de Sá.

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