Paisagens
E as muralhas despencam
sempre que o vento adoça...
sempre que a canção entoa
sempre que voa o pensamento.
E as muralhas diluem-se
sempre que chove sentimento
sempre que esvaem-se os lamentos
sempre que o riso eclode
E as muralhas evaporam
sempre que os olhos marejam
sempre que a emoção aflora
sempre que não vais embora
E as muralhas inexistem
sempre que os olhos se tocam
sempre que as mãos umedecem
sempre! quando me beijas.
Márcia Poesia de Sá
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