quinta-feira, 9 de outubro de 2014

... E o desejo dedilha a canção dos uivos
no velho piano recostado na parede bege,
...e a cortina transparente dança valsa com o vento
enquanto aos poucos, incendeiam-se os lençóis
de todos os tempos, num mormaço que toma conta do resto...
É na lânguida palavra calada,cadente entre dentes
que a fera morde seus instintos!
e esbraveja roucos rosnados
por entre asas docemente invisíveis.
Tão efêmera é a viagem.
Transcendental os instantes
entrega abrupta dos veios da razão...
e no pulmão dorme, a falta de ar.
E as gotas abraçam-se devagar...
Calor. ( trecho)
Márcia Poesia de Sá.

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