quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Impressionista


Era cedo e o século se devorava lerdo
as linhas tendiam a perfeição pura
no lamento enlouquecido, quase fotográfico
a arte amarrada e velada, calada na boca da rua


As cores eram sóbrias e frias...
condenadas a uma seriedade abissal
e do sal das lágrimas de alguns artistas
amarrados em cordas impostas, dor descomunal


Mas a coragem as críticas banidas e injustas
levantaram a bandeira...liberdade!
e eles todos dos grilhões pularam
e mergulharam nas aguas limpidas do Sena

Fazendo festas e luzes de amarelo gritante
jogando o vermelho que berrava a todo momento
e pontes com dois traços e a luz mais adiante
acenderam uma nova era na arte, que estava gestante

Parindo o Impressionismo neste instante
e decompondo a cor, a luz e o som gritante
encantam o mundo com sua arte, dita louca
belamente abraçados entre si...Monet, Manet e Renoir...
entre tantos outros gargalhavam...
e dançavam no baile da luz...
ao som de noturnos...e aplausos da lua!

Márcia Poesia de Sá

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