quarta-feira, 11 de novembro de 2009

E o silencio...

Como folhas rasgadas, amassadas
Retiradas de um diário sórdido
Rasgo memórias roucas, lamentadas
Sem razão de ser, reviro-as...

Abro baús mofados com os vírus da mentira
Bagunço os sorrisos que de la saiam
E pulverizo razões incabidas e insanas
Nas paginas das indecencias tuas

Falo da voz que se cala estupefata
Gargarejando vinho tinto
na boca da noite cálida

E sussurro lembranças toscas
No fim do livro empoeirado
Que ao acabar de ler, jogo na lareira!

Márcia Poesia de Sá

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